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abril 23, 2014

O Profissional e o Conselho: minha visão dos dois lados

Quando ingressei na universidade, muito ouvi as queixas de colegas sobre a desvalorização da profissão, do profissional, da falta de material nas escolas, entre outras tantas reclamações. Aos poucos fui vendo o quanto alguns colegas estavam certos, pois, realmente, o salário é baixo, o professor, na escola, é visto como gandula (só larga a bola), as escolas públicas carecem de material. Porém, também, com as práticas de estágio, com as saídas de campo às escolas e locais que oferecem a Educação Física, nas suas mais diversas formas de expressão, encontrei profissionais acomodados. O que leva a uma pequena reflexão: se algo está ruim, o que é correto, procurar alternativas para mudar o quadro ou “atirar-se às cordas” e deixar tudo como está?

Durante o curso, procurei conhecer um pouco mais sobre o sistema CONFEF/CREFs, o grande vilão para muitos profissionais. Desde sempre, procurei valorizar os Conselhos. Após a colação de grau, ainda não sou registrado no Conselho, pois não exerço a profissão. Mas, hoje sou funcionário do Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região – Rio Grande do Sul (RS) –  e percebo o quanto o profissional de Educação Física se desvaloriza e desvaloriza a própria profissão (desde já quero deixar claro que isso não é uma generalização e, também, não tenho nada contra nenhuma outra profissão, todo profissional tem sua importância fundamental para a sociedade).

Mas desvalorizar o Conselho que foi criado para regulamentar a profissão é desvalorizar o trabalho de profissionais que lutaram por isso. Muitos não o veem assim, mas o Conselho é uma conquista pela qual muitos profissionais de diversas outras áreas lutam para ter o seu. Estar em uma profissão regulamentada quer dizer ter a segurança de que nenhum outro indivíduo realize atividades pertinentes ao profissional próprio da área, sem que tenha habilitação perante ao Conselho para isso.
 
O CREF, como muitos pensam, não é uma associação, um clube de vantagens, onde você se associa e passa a ter diversos benefícios. O CREF é um órgão, sobretudo, fiscalizador que tem um compromisso com a sociedade: garantir que profissionais habilitados prestem os serviços oferecidos pela nossa profissão com qualidade e de acordo com a Lei.

O Conselho, no RS, ainda é pequeno, comparado aos conselhos de outras profissões, temos um pouco mais de 21.000 registrados. Em termos de fiscalização, o Conselho, também, é pequeno, mas os fiscais trabalham constantemente, visitando estabelecimentos em todo o Estado. Mas, além de fiscalizar, o CREF também trabalha pelo que é direito do profissional de Educação Física, um exemplo é a constante luta pela presença do professor de Educação Física em todo o Ensino Fundamental. O problema é que ninguém gosta de ser cobrado, o que é a função da fiscalização, cobrar a regularidade dos profissionais e dos estabelecimentos.

Enquanto funcionário, empresto meus ouvidos diariamente para profissionais que reclamam do fiscal, do valor da anuidade, da agenda que não tinha a capa bonita, da resposta do e-mail que não foi, entre outras. Enquanto profissional, ou pelo menos um graduado, vejo o quanto o profissional de Educação Física está despreparado por não conhecer sua própria legislação, seus direitos enquanto profissional, seu desinteresse pela informação, falta de conhecimento sobre coisas simples, por reclamações fúteis contra o Conselho.

Se eu recebo minhas contas e faturas e não pago até o vencimento, sofrerei com os juros. Se eu não recebo as contas e faturas e não procuro fazer o pagamento antes do vencimento, também vou sofrer com os juros. Assim funciona a anuidade. O Conselho envia aos profissionais os carnês e, também, disponibiliza as faturas para impressão através do site, exatamente para que o atraso na entrega, a greve dos correios, o assalto na caixinha de correspondência, não interfira no pagamento da anuidade.

Se o profissional mudou-se, de quem é a responsabilidade de atualizar o endereço para continuar recebendo as correspondências? Do profissional. Mas alguns ainda querem que o Conselho, talvez por uma inspiração divina, adivinhe que o profissional mudou de endereço.

Alguns serviços são prestados pela Internet, através de uma seção de acesso restrito ao profissional, como atualização de dados pessoais, impressão de certidões e guias. Mas alguns reclamam da “burocracia” de ter que utilizar o serviço on-line.

O sistema CONFEF/CREFs não é perfeito. Tem suas diversas falhas também. Mas, enquanto o profissional enxergar o Conselho como um inimigo, a tão sonhada valorização da profissão andará em passos de tartaruga. Não podemos andar como a humanidade, “ com passos de formiga e sem vontade”. Os profissionais precisam se unir aos Conselhos e, também, Sindicatos para que a Educação Física seja vista com importância por todos. O CREF não é o Coringa, Lex Luthor, Voldemort, Duende Verde, não está tentado dominar o mundo, nem acabar com o profissional. Pelo contrário, está aí para que este seja valorizado, e que faça cumprir seus direitos e deveres.

As pesquisas nos mostram diariamente o quanto cresce a obesidade entre crianças e adultos, o número de mortes causadas por doenças cardíacas, ou pela utilização de substâncias químicas danosas à saúde, entre diversos outros fatores. E todos sabem o papel fundamental da Educação Física para a manutenção da saúde e de hábitos saudáveis. Se nossa profissão pertence à área da Saúde, é porque ela possui um valor fundamental na vida do ser humano.

Tenho certeza de que todos já ouviram falar de algum destes conselhos: CRM, OAB, CREA, CAU, COREN, CRO, CREFITO, CREFONO, entre outros. Estes conselhos garantem que o seu médico não seja simplesmente um pajé, que seu advogado possa lhe defender em um tribunal, que seu dentista não seja um açougueiro, que sua casa não seja construídos como a dos porquinhos preguiçosos etc. O CREF trabalha para que nenhum profissional que não seja graduado ou provisionado (profissional que tem direito garantido em Lei) exerça a profissão. Ou, que nenhum, mesmo registrado, atue fora da sua habilitação.

Existem muitos outros temas polêmicos que envolvem nossa profissão, como o provisionado, o método Pilates, a dança, as lutas, a divisão do curso superior, e que devem ser discutidos. Mas a minha colocação fundamental aqui é que haja um maior interesse do profissional em conhecer o Conselho, em valorizar a profissão, em ser um profissional empenhado que procura se qualificar para prestar um serviço de qualidade, que procura conhecer o que é seu direito e dever e não deixa que outros invadam seu espaço.


Se não quer simplesmente pagar anuidade, eis a solução: troque de profissão, escolha uma que não seja regulamentada.

dezembro 03, 2013

Pensamentos de um louco

Era uma noite linda e o sol brilhava entre as trevas sem fim.

Sentado de pé, num banco de pau, feito de pedra, eu ouvia um mudo que dizia consigo mesmo e aos seus companheiros: “prefiro mil vezes a morte que perder a vida”.

Longe dali, num bosque sem árvores, os pássaros pastavam alegremente e as vacas pulavam de galho em galho a procura de seus ninhos e os elefantes descansavam num pé de alface.

Montei em minhas costas e saí galopando nas ondas de um deserto sem areia.

Cheguei em casa, entrei pela porta da frente, que fica nos fundos, pus cuidadosamente o paletó sobre a cama e me pendurei no cabide, onde dormi um belo sono. Acordei e fui para a mesa, onde lavei os pés e para o banheiro, onde servi o almoço.

Durante o almoço senti um gosto amargo na boca, pois havia comido um guardanapo e limpado a boca com um bife.

Ao meu lado, um cego lia um jornal sem letras, cujas palavras diziam que os quatro profetas do mundo são três: João e Jeremias.

(Por Marcia de Oliveira Fraga)

[Imagem: http://gartic.uol.com.br/ailly/desenho-jogo/louco]

setembro 27, 2013

Futuro

Palavra que sempre me assustou: futuro. Se existe só uma coisa incerta, é essa: o futuro. O tempo que há de vir, o tempo alegre, o tempo triste, o tempo incerto...
O tempo que vivemos a cada instante, o segundo que sucede o outro é o futuro, os minutos, as horas, os dias, os meses, os anos são o futuro. Cada segundo que passa deixa de ser futuro e se torna presente, e tão rápido se torna passado. Assim, a vida vai indo, na velocidade da luz, tão veloz que nem percebemos. Por ser tão rápido, o tempo que vivemos, não damos atenção aos detalhes, esses, que sim, fazem a diferença. O segundo que muda a luz do semáforo, que levamos para pisar no freio, que acaba com a coreografia ensaiada, que deixa a foto embaçada, que faz a manhã virar tarde, a tarde virar noite, o amanhã ser o hoje, o ano novo chegar e o velho nos deixar, o segundo em que a vida dá o seu lugar à morte.
O que me assustava no futuro ou, paradoxalmente, o que me fascinava: a sua imprevisibilidade. Na verdade, ainda é assustador não saber se amanhã estaremos vivos, se estaremos saudáveis, se estaremos ricos. Mas não sabermos o amanhã é o que nos faz não cair no comodismo, e termos que estar sempre preparados para o que possa acontecer.
Se parar e pensar em alguns anos atrás, verei que muita coisa planejada não aconteceu, assim como coisas que nunca planejei vieram a acontecer. Momentos bons e momentos ruins, nossas vidas são feitas somente disso.
Cada um sabe e tem consigo o que é bom e o que é ruim. Cada um deve saber o que quer do seu futuro. Não deixe de fazer planos, não deixe de ter seus objetivos de vida. O fato de o futuro ser imprevisível não quer dizer que devamos jogar tudo ao léu, pois isso não funciona, assim, só a chance do fracasso aumenta.
O futuro é simplesmente uma mudança de posição do tempo, que deixa de ser amanhã, pra ser hoje e daqui a pouco ontem. Faça do futuro o seu presente, basta sonhar, lutar e realizar, é o que precisamos para que o futuro não seja algo amedrontador, por mais imprevisível que seja, planeje-se, projete-o!

julho 01, 2013

Vida

Volta e meia me ponho a pensar sobre a vida. O que é essa coisa fascinante que não sabemos de onde vem, por que vem, para onde vai? Que do nada se vai... Essa coisa de que todos nós somos dotados, sem optar por isso, simplesmente recebemos uma e para cá viemos. Há quem acredita que um ser superior nos concede e tem grande comando sobre ela, há outros que dizem que é mera obra do acaso, da evolução, enquanto que, para outros, temos mais, ou muito mais que uma.

Gostaria de poder responder a todos estas dúvidas. Mas, não posso. Infelizmente não lembro de nada que acontecia antes de chegar aqui. Não lembro de nada de antes de deixar o ventre de mamãe, não lembro das palmadas que precisei levar do médico para entrar aos berros. Na verdade, quanto mais velho fico, menos vou lembrando dos momentos da infância. Talvez nosso cérebro precise fazer uma desfragmentação em nossas memórias, para que novas lembranças possam se alocar, e esse movimento altera as antigas.

Durante esse tempo que por aqui passamos, muito aprendemos, muito erramos, e com os erros continuamos a aprender, e com o aprendizado continuamos a errar. É assim, e sempre será! Erramos ao amar, porém, com o erro, não deixamos de querer acertar, e tornamos a amar, a errar, mas, enfim, um dia, conseguimos acertar. Por vocação somos santos e, também, pecadores. Queremos o bem, praticamos o bem, não queremos o mal, e por descuido, praticamos o mal. Queremos um mundo igual, para todos, onde não haja violência, guerras, miséria, mas nossa curta vida não nos permite o tempo suficiente para conseguirmos mudar isso, e quando conseguimos acertar algo de um lado, o outro já está desconcertado, e pessoas que tem o poder um pouco maior que o nosso, breves habitantes terrenos, pouco fazem para mudar o mundo e deixar um futuro melhor para os futuros mundanos.

Enfim, “que coisa é essa que faz tudo funcionar freneticamente, inexplicável e desesperadamente e que, sem sabermos para onde vai, nos escapa, assim, num zapt, num ffff? Esvai-se! E não existe meio termo. Ou ela está em você e você está vivo, ou ela não está e você começa, automaticamente, a desmoronar-se, a desintegrar-se, como se nunca tivesse havido qualquer coisa ali.” (Ítalo Ogliari). Não espere a sua esvair-se! Viva! Aproveite! Faça o que tem vontade! O tempo é curto!


Ah, vida! Às vezes tão sofrida, às vezes tão alegre, mas, sempre, tão vivida, até um dia se tornar “morrida”!

Christyam Fraga.

março 18, 2013

Sobre amores e desamores...


Era uma vez um menino que era loucamente apaixonado por uma menina que vivia a mais de 100 km de distância, era um amor do tipo bem platônico, coisa de criança. Isso já deixava claro o quanto seria complicada a vida amorosa dessa pessoa. Sim, “esse cara sou eu!” Talvez ela tenha sido o meu primeiro amor verdadeiro, nunca correspondido, também, algo sem cabimento, amor de infância mesmo. O primeiro de muitos, pois sim, sou um homem fraco, que se apaixona fácil, fazendo-me chegar à conclusão de que a pessoa do sexo frágil nas relações sou eu. Aliás, de sexo frágil a mulher não tem nada, esse ser poderoso, agressivo, hostil que, às vezes, pela simples maneira de falar, de agir, de sorrir, fuzila os corações de muitos marmanjos.
Iniciada a vida escolar, também se iniciava aí uma série de novas paixões. E há como isso não acontecer? Um local repleto de pessoas da mesma idade, gostos, de diversos comportamentos, cores, religiões, sabores... É difícil não encontrar alguém que se queira, que te queira, em um local como esse, que para mim, sempre foi mágico. Tive, também, amor de verão, sempre o mesmo. E após sucessivas paixonites veio um relacionamento, depois outro, complicados ou não, mas bons, com certeza!
Ao longo dos anos, a vida mudou bastante. A tecnologia afetou diversas atividades humanas, entre elas, a forma de conquistar. Há alguns anos, fazia-se serenatas a luz do luar, abaixo da sacada do quarto da amada, escrevia-se cartas, enviava-se flores, bombons, perfumes não acabavam com os amores. Com o passar do tempo, surgiram programas de televisão que davam uma forcinha para quem queria encontrar o amor da sua vida. O telefone celular, após o SMS trouxe uma facilidade grande e barata de conversar, junto com a popularização das redes sociais. Só que a informatização da humanidade vem cada vez mais aproximando quem está longe e afastando quem está próximo. Nada substitui a conversa em uma mesa de bar, uma janta em um restaurante, uma caminhada no parque.
Acreditem se quiser, nunca traí ninguém, nunca fiquei com mais de uma mulher por noite, não sou machista, e nunca fui o tipo “pegador”, diferentemente de outros por aí, não estou preocupado com quantidade, e sim com qualidade, porém, é inegável que a chance de acertar é maior após ter provado uma grande quantidade de sabores, de amores. Ou a quantidade pode trazer uma certa confusão, também. Complicado, difícil, paradoxal!
Na verdade, paradoxais são as mulheres! Que são loucas por encontrar o personagem da música do Roberto Carlos, e quando encontram, não é aquilo que querem. Volta então a dama a correr atrás do vagabundo. Surge aí, entre os homens decepcionados, a conversa que mulher gosta é de homem que maltrata, que não liga, que despreza. Não acredito que realmente funcione assim. Porém, os resultados de algumas experiências apontam para essa teoria. Um dia desses cheguei a me perguntar, e até mesmo perguntar pelo facebook, se mulher ainda gostava de receber agrados, como diria o meu avô, houve uma manifestação positiva. Um “ufa!” Pensava ser um velho por ainda querer fazer esse tipo de coisa.
O que mais tem me assustado é a falta de romantismo dos jovens, que só pensam em beijar, beijar, beijar, mas sempre uma pessoa diferente. Será que só eu ainda me preocupo em encontrar um amor para a vida?
Ou, talvez, preocupava-me, pois a grande quantidade de insucessos traz a vontade do desapego, do desamor. Cada vez mais difícil de encontrar a pessoa certa, se existe de verdade!

dezembro 14, 2012

[REPRODUÇÃO] Tipos de homens

Ao longo da nossa - não tão longa assim - existência, tivemos experiências peculiares nos lençóis e cobertos da vida. E descobrimos que existem vários tipos de homens. E, como diria Domingos Oliveira, autor da peça que fazemos - Confissões das Mulheres de 30 -, existem vários tipos de homem na cama.
Aliás, achamos sinceramente que, antes de sair para jantar, seria mais honesto com o planeta ir direto para a cama. Vamos economizar - o amor também tem de ser sustentável. Porque é na horizontal que você, homem, se revela. Num jantar, você pode disfarçar coisas completamente indisfarçáveis quando está em atividade corporal no seu leito. Antes de dizer "oi", já saberíamos se a relação tem condições de emplacar. Não seria incrível?
Para o bem dos relacionamentos e do nosso tempo - cada dia mais curto -, listamos alguns tipos populares que passaram pelos nossos, ou melhor, pelos edredons das amigas de uma amiga nossa. E para não termos de fugir nem tomar aquele susto depois do jantar, que custa caro, eis alguns tipos que poderiam nos fazer escapar.
O Lambaeróbica: ele é tão performático, que você não sabe se ele está transando ou fazendo uma aula de axé.
O Pinóquio: você tem que contar umas mentiras deslavadas para, digamos, o nariz dele crescer. O auge de sua potência sexual é atingido com o clássico: "Nunca tive um homem como você na cama".
O Eu me adoro, eu me amo, eu sou demais: tanto faz você, a Dercy Gonçalves ou o buraco da fechadura, o que importa no sexo é ele mesmo. Por causa disso, ele não consegue parar de se olhar. Ele só goza quando se olha no espelho.
O Labrador: é só língua, língua, língua. Ele lambe todo o seu corpo, chupa seu joelho, lambe seu sovaco, a sola do seu pé, enfia a língua dentro do seu tímpano e até do seu nariz, causando sensações totalmente desconhecidas e muitas vezes desconfortáveis.
O Locutor Esportivo: ele narra tudo o que vai fazer e tudo o que está acontecendo. Um verdadeiro Galvão Bueno do sexo. No meio, você tem a sensação de que ele vai gritar; "Ronaaaldoo!" O problema é que ele nunca faz o gol.
O Mosca de Padaria: Pousa no brioche, no pão de queijo, no pão de forma, mas não leva nenhum. Deve ser porque, no fundo, o que ele quer é uma bisnaga.
O Judoca: ele não te come, te golpeia. Tem uma hora em que você é obrigada a dizer: "Esse não é meu ponto G, não! É meu rim!"
O Dom Lázaro: (lembra da novela do Cassiano Gabus Mendes?) ele é tão estranho, que você fica na dúvida se ele está gozando ou tendo um AVC.
O Homem-Bomba: você não precisa ser sensitiva para saber que, depois que ele goza, a única coisa que ele quer é te explodir.
O Fura-Bolo: ele usa o indicador para tudo e o introduz em todos os buracos que existem no seu corpo. Ele te entope, causando uma sensação de constipação corporal.
O Quase Lá: ele te beija quando você está ficando excitada, ele te morde quando começa a ficar bom, ele te chupa e, quando você está quase gozando, ele goza. Aí, você tem a certeza de que a relação sexual foi incrivelmente quase boa.
O Jantei no IML: o cara tem um hálito inimigo tão "de profundis" que não tem a menor condição de olhar no olho. A única posição sexual possível é você de costas, com a cabeça enterrada no travesseiro.
Com certeza você tem algum amigo de um amigo seu que se classificaria nesta lista... Mas, se por acaso você não se viu em nenhuma situação, é porque, como diz o mestre Domingos Oliveira, tem também o homem bom. Mas desse não falamos jamais.

Não se engane, o "[REPRODUÇÃO]" que aparece no título da postagem não quer dizer que esta se trata de reprodução sexuada, apesar do seu tema tocar este assunto. Pelo contrário, esse texto é a reprodução do publicado na revista GQ (Gentlemen's Quarterly), de setembro de 2011, escrito por Juliana Araripe e Camila Raffanti.


Obrigado por passar por aqui! Christyam.

agosto 22, 2012

Até aonde chegará o descaso?


Quarta-feira, 15 de agosto, chego na Escola, fazendo a visita semanal de costume, vou até a sala dos professores. Entrando na sala ouço o comentário entre uma professora e uma funcionária sobre o aluno “machucado”. Pergunto o que aconteceu, e elas me relatam perguntando se não vi, respondendo que não, elas me dizem para ir até a quadra. Entrei na Escola talvez distraído e não reparei no “bolinho” que se concentrava na quadra. Aproximando-me, vejo o aluno sentado no chão, aparentemente sério e sem dores, olho para as suas pernas e é visível que havia algo de errado em um dos joelhos, pois havia ali uma protuberâcia incomum. Alguns alunos relatam o que aconteceu, havia diferentes versões para a lesão, o que não importa muito, pois o que realmente interessava no momento era que ele necessitava de atendimento, e rápido! Havendo passado mais de meia hora ali assistindo a cena, chega o nosso rápido Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, famoso SAMU. Os socorristas realizam ali os procedimentos básicos, colocam o aluno na maca e o levam...
Agora não posso relatar com precisão os fatos, mas o que ouvi falar até o momento, está aqui. Ao sair da Escola, levaram o nosso aluno para o Pronto Atendimento 24 horas, em Gravataí, de lá ele é encaminhado para o Hospital Dom João Becker, de lá vai para o Hospital Cristo Redentor, onde não é atendido porque já havia dado entrada no atendimento em outro município. O estudante, então, é encaminhado para casa, para ficar em repouso. Hoje, quarta-feira, 22 de agosto, entro no facebook, para não perder o costume, e vejo o texto escrito pela nossa querida diretora, relatando alguns fatos ocorridos. Eis que vereadores foram acionados, e um deles, talvez tentando ser prestativo, talvez interessado nos votos para a eleição que está vindo por aí, resolve “ajudar” marcando uma audiência com o Secretário Municipal da Saúde do nosso Município, pois agora o aluno já apresenta sintomas que pouco tem haver com a possível fratura, sintomas que talvez nem chegassem se o atendimento tivesse sido realizado prontamente. O senhor secretário, que não é médico, e sim bacharel em Direito (pergunto: só eu vejo algo errado aqui?) diz que pode ser simplesmente uma dor de garganta. Não que eu seja contra um profissional de outra área dar pitaco na minha, mas um advogado diagnosticar uma pessoa com fratura e sintomas decorrentes ou não, de estar com uma simples dor de garganta...já basta a famosa “virose”, muito diagnosticada pelos médicos!
O nosso vereador, que trabalha para conquistar seu terceiro mandato para o cargo, aceita o parecer dado pelo médico, ou advogado, ou secretário da saúde, nem sei mais o que esse homem é. Agora, ele é encaminhado para o clínico (?).
Ao compartilhar o texto da diretora, começam a surgir discussões sobre política. E esse é o ponto aonde eu queria chegar. Ao falarmos em política ou político, as primeiras coisas que nos vem à cabeça são eleições, cargos políticos, showmícios, mensalão, caixa 2, roubo, corrupção, fraude, falcatrua, treta, pizza... A menos de dois meses das Eleições 2012, onde iremos escolher os novos, ou nem tão novos assim, candidatos que irão administrar o nosso Município pelos 4 anos vindouros, surge a discussão sobre o papel do vereador para com a nossa cidade. A seguir, algumas atribuições retiradas de sites na web:
“O vereador, de maneira geral, é o representante do povo. No exercício desta função, o vereador é o fiscal dos atos do prefeito na administração dos recursos do município expressos no orçamento. O vereador também faz as leis que estão dentro de sua competência, e analisa e aprova as leis que são de competência da prefeitura, do Executivo. Em resumo, o vereador recebe o povo, atende as suas reivindicações e é o mediador entre o povo e o prefeito” (Câmara de Vereadores de Joaçaba). “Analisar e aprovar leis ligadas à prefeitura e ao poder executivo; fiscalizar vários órgãos da prefeitura, além de requerer prestação de conta por parte do prefeito; votar projetos de lei; receber os eleitores e ouvir sugestões, críticas, reivindicações; promover a ligação entre eleitores da região que representa e o governo; elaborar e redigir projetos; criar leis com intuito de formar uma sociedade mais justa” (Brasil Escola, por Freitas, professor de Geografia).
Creio que estes dois sites já informam um pouco do papel destes funcionários. Então, pergunto se o vereador que acatou a decisão do secretário não deveria ter lutado pelo atendimento necessário para o estudante fraturado, não deveria este homem que deve atender às necessidades do povo, ter batalhado até conseguir aquilo que o menino precisava? E o Secretário Municipal da Saúde, que é graduado em Direito, não deveria ser, talvez, um médico? Assim, como o Secretário do Esporte, ser alguém formado em Educação Física, o Secretário da Educação ser um professor, o Secretário da Administração um administrador. Será que só eu penso assim?
Mas o que acontece é que não temos aqui uma política para a população, para o cidadão. Temos uma política para os partidos. Um política de interesses. Não se governa pensando em atender as necessidades das pessoas que vivem no município, e sim se trabalha pelos interesses dos partidos. Sabemos, e já não é de hoje, que os próprios “coitados” vereadores, na hora de votar na Câmara, tem que fazê-lo conforme o seu partido manda. Pois manda que pode, obedece quem tem juízo. O maior comanda o menor. Que na hora que o vereador apresenta um problema, se este é de um partido oposto ao do comando, não vai ter sua solicitação atendida.
Confesso que diversas vezes já senti vontade de estar lá dentro, para ver o que, de fato, acontece. Mas, modéstia a parte, uma pessoa honesta e íntegra como eu, não conseguiria sobreviver no meio de tantas coisas incorretas. Seria como um cordeiro no meio de uma matilha.
Enfim, o que é triste, é que o caso do aluno da EEEM Dr. Luiz Bastos do Prado não é primeiro, com certeza não será o último, e outra certeza é que não é somente no setor da Saúde que coisas deste tipo acontecem. A incompetência, o descaso, desinteresse, estão presentes nas demais secretarias, nos demais vereadores, prefeitos (porque certamente não é só em Gravataí que isso acontece). O que não aceito como justificativa é a “falta de verba”, pois num país onde milhões, ou bilhões de reais são desviados por ano em corrupções e fraudes, não tenha dinheiro para prestar atendimentos básicos, atendendo os direitos do cidadão previstos em Constituição Federal, Declaração Universal dos Direitos Humanos...Gravataí, a 5ª maior economia do Estado, Brasil, 6ª maior economia mundial, e de que isso adianta?
Peço desculpas por ter escrito tudo isso, sem poder esclarecer metade dos questionamentos.