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março 18, 2013

Sobre amores e desamores...


Era uma vez um menino que era loucamente apaixonado por uma menina que vivia a mais de 100 km de distância, era um amor do tipo bem platônico, coisa de criança. Isso já deixava claro o quanto seria complicada a vida amorosa dessa pessoa. Sim, “esse cara sou eu!” Talvez ela tenha sido o meu primeiro amor verdadeiro, nunca correspondido, também, algo sem cabimento, amor de infância mesmo. O primeiro de muitos, pois sim, sou um homem fraco, que se apaixona fácil, fazendo-me chegar à conclusão de que a pessoa do sexo frágil nas relações sou eu. Aliás, de sexo frágil a mulher não tem nada, esse ser poderoso, agressivo, hostil que, às vezes, pela simples maneira de falar, de agir, de sorrir, fuzila os corações de muitos marmanjos.
Iniciada a vida escolar, também se iniciava aí uma série de novas paixões. E há como isso não acontecer? Um local repleto de pessoas da mesma idade, gostos, de diversos comportamentos, cores, religiões, sabores... É difícil não encontrar alguém que se queira, que te queira, em um local como esse, que para mim, sempre foi mágico. Tive, também, amor de verão, sempre o mesmo. E após sucessivas paixonites veio um relacionamento, depois outro, complicados ou não, mas bons, com certeza!
Ao longo dos anos, a vida mudou bastante. A tecnologia afetou diversas atividades humanas, entre elas, a forma de conquistar. Há alguns anos, fazia-se serenatas a luz do luar, abaixo da sacada do quarto da amada, escrevia-se cartas, enviava-se flores, bombons, perfumes não acabavam com os amores. Com o passar do tempo, surgiram programas de televisão que davam uma forcinha para quem queria encontrar o amor da sua vida. O telefone celular, após o SMS trouxe uma facilidade grande e barata de conversar, junto com a popularização das redes sociais. Só que a informatização da humanidade vem cada vez mais aproximando quem está longe e afastando quem está próximo. Nada substitui a conversa em uma mesa de bar, uma janta em um restaurante, uma caminhada no parque.
Acreditem se quiser, nunca traí ninguém, nunca fiquei com mais de uma mulher por noite, não sou machista, e nunca fui o tipo “pegador”, diferentemente de outros por aí, não estou preocupado com quantidade, e sim com qualidade, porém, é inegável que a chance de acertar é maior após ter provado uma grande quantidade de sabores, de amores. Ou a quantidade pode trazer uma certa confusão, também. Complicado, difícil, paradoxal!
Na verdade, paradoxais são as mulheres! Que são loucas por encontrar o personagem da música do Roberto Carlos, e quando encontram, não é aquilo que querem. Volta então a dama a correr atrás do vagabundo. Surge aí, entre os homens decepcionados, a conversa que mulher gosta é de homem que maltrata, que não liga, que despreza. Não acredito que realmente funcione assim. Porém, os resultados de algumas experiências apontam para essa teoria. Um dia desses cheguei a me perguntar, e até mesmo perguntar pelo facebook, se mulher ainda gostava de receber agrados, como diria o meu avô, houve uma manifestação positiva. Um “ufa!” Pensava ser um velho por ainda querer fazer esse tipo de coisa.
O que mais tem me assustado é a falta de romantismo dos jovens, que só pensam em beijar, beijar, beijar, mas sempre uma pessoa diferente. Será que só eu ainda me preocupo em encontrar um amor para a vida?
Ou, talvez, preocupava-me, pois a grande quantidade de insucessos traz a vontade do desapego, do desamor. Cada vez mais difícil de encontrar a pessoa certa, se existe de verdade!

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